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Gustavo Manhago: o problema da ida de Renato à praia está no exemplo para os fãs
Se nem o presidente Jair Bolsonaro se preocupa em dar exemplo, minimizando seguidamente a maior tragédia do país em um século, o que esperar de quem o admira?
Quem conhece o Renato Portaluppi sabe do seu temperamento. Não foi a primeira vez que foi à praia em plena pandemia e, muito provavelmente, não será a última nos próximos dias. Nenhuma surpresa.
O problema está no exemplo a ser passado para os fãs. Como o mesmo profissional, que em 15 de março, com 200 casos de covid-19 no Brasil e nenhuma morte, pediu a parada do futebol, três meses depois, com mais de 1 milhão de casos e mais de 50 mil mortes, vai à praia? Esta mesma pessoa que não pôde se apresentar ao trabalho, por pertencer a um grupo, para ser preservada pelo próprio clube onde atua.
Portaluppi é uma pessoa pública. Transcende em muito o fato de ser um simples cidadão que pode sair sem ser reconhecido. Recentemente, foi citado pelo presidente da República em tema de volta do futebol. Bom, talvez esta proximidade com Jair Bolsonaro também explique "o deslize" de Renato. Se a maior autoridade da República não se preocupa em dar exemplo, minimizando seguidamente a maior tragédia do país em um século, o que esperar de quem o admira?