Gigante da Galera
Luciano Périco: a sintonia entre comissão técnica e direção do Grêmio no bicampeonato da Libertadores
Clube era comandado por Fábio Koff, mas tinha em Cacalo e Felipão as figuras máximas do futebol tricolor
Sem bola rolando, os torcedores da dupla Gre-Nal estão matando a saudade do futebol com conquistas inesquecíveis. A Rádio Gaúcha vai recontar nesta quarta-feira (10) o primeiro duelo do Grêmio com o Nacional de Medellin, que valeu o bi da Libertadores de 1995. Um timaço com um baita comandante de vestiário.
Luiz Felipe Scolari está eternizado na galeria dos maiores treinadores que passaram pelo Tricolor. O título da América foi a primeira grande taça de Felipão do lado de cá do planeta. Em 1990, ele havia comandado o Kuwait na Copa do Golfo, competição equivalente a uma Copa América nas nossas bandas.
Conversei com Felipão no Show dos Esportes. Ele enfatizou o respaldo que tinha do ex-presidente Fábio Koff e do homem do futebol, Cacalo. Sintonia perfeita. Além de um grupo fechado de muita qualidade, pautado pela amizade.
Túnel do tempo
Na caminhada até o título gremista da Libertadores, os confrontos contra o Palmeiras foram históricos. Uma final antecipada! Primeiro, a goleada de 5 a 0 para o Grêmio no Olímpico. Tudo parecia definido no Parque Antártica, quando Jardel fez 1 a 0. Em jogo eletrizante, o Verdão conseguiu fazer 5 a 1, insuficiente para derrubar o Tricolor.
Felipão lembrou que, na ida da final, chutou todos os baldes possíveis no vestiário e proferiu palavrões impublicáveis, porque o Nacional descontou para 3 a 1. A bronca do treinador foi porque o time perdeu várias chances e acabou sofrendo gol.
E, na decisão, aconteceu o que Felipão profetizava. Muito cedo, o Grêmio levou 1 a 0. A pressão foi intensa. O que aconteceu contra o Palmeiras antes serviu de lição. O alívio final só veio com o gol de pênalti assinalado por Dinho. A América tinha um novo dono, com o carimbo de Felipão!