Paixão Tricolor
Cacalo: ida de Renato à praia foi superdimensionada
Técnico, porém, se equivocou ao descumprir as normas de segurança referentes à pandemia
Há dias penso em escrever com mais detalhes acerca de Renato na praia. Creio que o assunto, por se tratar de Renato, foi superdimensionado. O técnico não tinha obrigação de estar em Porto Alegre, liberado que estava pela direção do Grêmio, em face da inexistência de treinamentos específicos de sua área de trabalho.
Enfatizo, preliminarmente, que Renato se equivocou, ao descumprir as normas de segurança referentes à pandemia. Esse é o meu pensamento. Assumiu a responsabilidade de algum risco a sua própria saúde, o que é uma decisão que pode até ser irresponsável, mas é sua decisão.
Mas daí, a misturarmos com seu contrato de trabalho com o Grêmio, vai uma distancia muito longa. Ele não infringiu nenhuma decisão diretiva do clube, uma vez que com relação a isso, agiu sempre de forma aberta e transparente e o Grêmio não lhe fez nenhuma repreensão ou adotou algum procedimento que o tornasse indisciplinado.
Repito, ir a praia, foi uma decisão equivocada, mas sob sua inteira responsabilidade pessoal, no que tange, inclusive riscos de terceiros. Quando o Tricolor retorna ao trabalho coletivo com bola, conforme anunciou, Renato estava em Porto Alegre, cumprindo com suas obrigações profissionais.
Não tenho procuração para defendê-lo, mas discordo das críticas veementes. Se fosse tão simples assim, iria faltar cadeia para aprisionar a população que superlotou a Orla do Guaíba, em face das proibições de frequência. São seres humanos que eventualmente erraram, tal qual Renato.