A cada começo de Brasileirão, a questão é sempre a mesma. Repetitiva. Colocar força máxima em todos os jogos ou fazer um rodízio entre os atletas? O empate do Grêmio contra o Ceará, tendo uma equipe com apenas três titulares, reacendeu o debate. Quem critica a medida adotada pelo Tricolor, usa como exemplo o Flamengo, de Jorge Jesus, que colocou força máxima quase na totalidade das partidas e se deu muito bem. Pergunto: qual foi o outro time no Brasil, que teve resultado igual com a utilização de titulares o tempo todo. 

Outro argumento utilizado pelos gremistas incomodados é a pouca valorização que o clube vem dando para a competição de pontos corridos nos últimos anos, priorizando a Copa do Brasil e Libertadores. Entendo as razões pelas quais Renato Portaluppi poupou no Castelão. Os cascudos Vanderlei, Geromel, Kannemann, Maicon e Diego Souza precisavam ser preservados. Matheus Henrique e Victor Ferraz ficaram de fora por lesão. A maratona pesada de jogos, que ainda vem pela frente, indica duelos dificílimos contra Corinthians, na Arena e Flamengo, no Maracanã. Nestes confrontos, aposto que os titulares gremistas estarão em campo. São dois adversários diretos na briga pelo título, onde não se pode perder pontos. 

Antes da final do Gauchão contra o Caxias, nos dias 26 e 30 - onde também os titulares devem estar em campo - o Tricolor pega o Vasco. Aposto que na partida em São Januário, de novo, Renato Portaluppi vai a campo sem todos os titulares. Não tem como ser diferente. Ninguém vai aguentar a maratona de jogos que o calendário impõe. Com certeza, o departamento médico e o setor de fisiologia do Grêmio também participam da decisão. Poupar é uma exigência imposta pela pauleira de partidas que os atletas são submetidos. É cansativo ficar eternamente discutindo a mesma questão.