No sétimo confronto do Grêmio no Brasileirão, contra o Atlético-GO, o time de Renato Portaluppi vai precisar dar uma resposta enérgica aos críticos. O tamanho das avaliações negativas é compatível ao que se espera do Tricolor. Por tudo que é investido, o histórico recente de conquistas e com o grupo de jogadores de primeira linha, não tem como deixar de colocar o time gremista como um dos postulantes do título da competição.

Entretanto, o excesso de empates (quatro), uma derrota e apenas um vitória é um retrospecto muito abaixo da expectativa. Um aproveitamento de quase 39% é vergonhoso pelo poderio histórico do clube. Daí vem a pergunta que não quer calar: como Renato vai começar a arrumar a casa, que está bagunçada? Proponho a discussão, citando de algumas questões.

Ponto 1: o Grêmio tem extrema dificuldade em acertar na meta adversária. Dos 31 arremates contra o Sport, quantos foram efetivamente a gol? Isso é fundamental para marcar.

Ponto 2: além de melhorar a pontaria, é preciso ter a vontade de concluir. O ímpeto do gol, que Pepê e Diego Souza tem, mas Alisson e Jean Pyerre, por exemplo, não. Precisa mudar a mentalidade de alguns atletas.Tem que arriscar.

Ponto 3: o meio-campo está sem criação e lento, marcando muito pouco, dando largos espaços aos adversários. Maicon faz muita falta. Robinho, que entrou na segunda etapa e em pouco tempo, pifou Pepê para descontar o marcador.

Ponto 4: algumas individualidades estão em má fase. Não tem como brigar com o campo. Thiago Neves nunca apresentou o suficiente para ser titular. Atrapalhava a evolução do time. Lucas Silva vive uma crise técnica. Por fim, Cortez precisa entregar mais para ter lugar cativo na equipe.

Ponto 5: mesmo tendo Diego Souza como referência, não adianta ficar levantando bolas lotéricas para dentro da aérea. Isso é trabalho de repetição. Treino de cruzamentos. Laterais precisam qualificar a produção.

Para encarar o Atlético-GO, será importante escalar a gurizada ou atletas que precisam mostrar serviço. Se Pepê jogar (é dúvida), Everton poderia assumir a lateral-esquerda de Cortez. Robinho, que deu nova dinâmica, deveria ser testado como uma peça importante para agitar o meio-campo na vaga de Alisson ou de Maicon, caso ainda esteja preservado. Seja no meio ou no ataque, Isaque também precisa estar no time pelo menos como aposta, ainda sem ser titular absoluto. Em resumo, é preciso chacoalhar o grupo, mostrar que ninguém é insubstituível e render mais para fazer jus aquilo que o Grêmio investe.