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Tempo de mudança

Luciano Périco: o Grêmio que dava show não existe mais

Renato Portaluppi terá que encontrar uma nova fórmula para buscar outros títulos na temporada

09/10/2020 - 07h00min

Atualizada em: 09/10/2020 - 07h00min


Luciano Périco
Luciano Périco
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Lucas Uebel / Grêmio/Divulgação
Treinador gremista tem o grande desafio de fazer a equipe jogar mais

O Grêmio vive um momento de metamorfose. É hora de cair na realidade. O futebol que dava show, não existe mais há um bom tempo. É uma utopia acreditar que aquele Tricolor, que encantava nos gramados, vai retornar em um passe de mágica. Passando por um período de transição, chegou a hora de adotar o futebol mais pragmático. No atual momento, vencer é o mais importante. Quando tiver todos os jogadores à disposição, Renato Portaluppi terá que tomar algumas decisões cruciais. 

As falhas dos goleiros do grupo atormentam o torcedor gremista. É preciso analisar com critério a titularidade de Vanderlei. Desde a saída de Marcelo Grohe, o Grêmio não encontrou um substituto confiável. O atual titular tem oscilado muito durante a temporada. Tomado gols em bolas defensáveis. A primeira tentativa para substituir Grohe foi Paulo Victor. Ele acabou sendo importante na conquista do Gauchão de 2019, na disputa por penalidades do Gre-Nal decisivo. Acabou perdendo espaço pelas falhas cometidas. Júlio César também nunca conseguiu se firmar. Difícil entender a razão de Brenno, formado na base, não ser nem a terceira opção.

O novo Grêmio necessita de um jogador mais marcador no meio-campo. Não precisa ser aquele volantão brucutu de outros tempos. Vale lembrar que nos melhores momentos recentes, com os títulos importantes em 2016 e 2017, o Tricolor teve Jailson e Walace. Claro que com Maicon e Matheus Henrique, há muita qualidade na saída de bola. Porém falta o jogador para roubar a bola. Ir à caça dos adversários. Proteger a dupla de zaga. Fechar a casinha. Neste aspecto, Lucas Silva vem ganhando pontos para ser titular, enquanto não chega um outro volante com essas características.

Por fim, Diego Souza tem que dar uma resposta mais vigorosa. No Gauchão, onde o nível de exigência é menor, o centroavante foi o goleador. A régua subiu no Brasileirão e na Libertadores. O maior problema do atacante tem sido a resistência física para aguentar uma partida inteira. Claro que, inúmeras vezes, Diego Souza fica abandonado na frente. A falta de um articulador é algo que Renato precisa achar uma solução. Só que em algumas oportunidades, falta mobilidade ao atacante. Os dirigentes gremistas precisam sair da zona de conforto e buscar no mercado mais uma opção ofensiva. Além disso, o condicionamento físico da equipe também precisa ser um ponto de alerta. Quando joga com intensidade, o Grêmio sente. O cansaço de muitos jogadores, já no intervalo do duelo contra o Coritiba, era evidente. 


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