Vamos combinar que o Grêmio tem nas mãos a classificação para as quartas de final da Libertadores, onde já tem definido o Santos como adversário. A vantagem de 2 a 0 construída dentro do Defensores Del Chaco é gigantesca. Somente uma pane completa na equipe gremista pode trazer o dessabor de uma eliminação. Óbvio que é preciso respeitar o Guaraní-PAR. Se o time de Renato Portaluppi entrar em campo se achando, o tombo pode ser grande. Por conhecer o treinador gremista, tenho absoluta certeza de que o clima de “já ganhou” não entra para dentro do vestiário, por mais que possa haver um relaxamento por causa do tamanho da vantagem.

A fase de mata-mata já trouxe uma baita surpresa, que foi a eliminação do poderoso, badalado e milionário Flamengo. O time de Rogério Ceni caiu dentro do Maracanã para o Racing. Os argentinos garantiram a vaga com a frieza de uma pedra de gelo na decisão por pênaltis. Os gringos, mestres na catimba, sabem jogar mata-mata. Não se abalam facilmente. Nem mesmo tendo maior qualidade foi suficiente para o rubro-negro carioca. O próprio Peixe, teve que suar para passar de fase. Se classificou com derrota por 1 a 0 para a LDU na Vila Belmiro. Ficam de lições as duas situações para o Grêmio.

Renato Portaluppi terá na mão praticamente a equipe titular. O melhor é começar o jogo com força máxima. Na medida em que o tempo for passando, e com a vantagem administrada, vale preservar jogadores. Sempre vale lembrar que é possível fazer cinco trocas. Aposto que Kannemann ainda não retorna na zaga. A tendência é a parceria de Geromel com David Braz. 

Depois de ter retornado contra o Goiás, Maicon pode ser mantido para começar a partida ao lado de Matheus Henrique. Darlan se firma como a primeira opção, quando o camisa 8 cansar na partida. Alisson segue fora de combate. A boa resposta de Luiz Fernando pode ter garantido a escalação pelo lado direito. O jogador que veio do Botafogo precisa aprimorar a conclusão de jogadas. Certamente, Renato está trabalhando esta questão específica. E, claro, Jean Pyerre já tem cadeira cativa como integrante do meio-campo. Como sempre diz Renato é só o time não “dar mole” ou ter um “nana neném” dentro de campo, que o Tricolor estará entre os oito melhores da América.