Na hora
Zé Alberto: Jean Pyerre não é "soneca", mas precisa se acordar
Camisa 10 gremista tem uma nova chance de fazer bom jogo contra o Atlético-MG
Quando se quer criticar um jogador pela pouca participação nos jogos, por falta de comprometimento ou desconcentração, muitas vezes o xingamento usado é “soneca”. Muitos atletas assim já foram rotulados e não raras vezes a injustiça se mostrou clara com o decorrer dos tempos. O ex-meia Alex que foi campeão no Palmeiras, no Cruzeiro e se tornou semideus na Turquia talvez seja o maior exemplo de implicância vencida por títulos e qualidade técnica superior.
Há, porém, casos em que o jogador parece assumir a condição de desligado, sem que as virtudes técnicas compensem a pouca ação coletiva. Aí o que fica é a decepção, algo como o que acontece com Paulo Henrique Ganso que deveria ter sido muito mais do que foi e segue sendo. Jean Pyerre está nesta encruzilhada. Não lhe falta qualidade. O potencial técnico encanta e não é por nada que tem entre seus fãs o grande Tostão. A questão é mental e a causa precisa ser identificada e combatida.
Pode ser medo de lesão, pouca disposição, falta de condição física, qualquer coisa, mas é preciso solucionar o problema, sob pena da expressão “soneca” ganhar adeptos, o que seria lamentável. Contra o Galo há uma nova oportunidade.
Na casamata
Além dos motivos naturais pelos quais se deve esperar uma vitória do Grêmio de Renato Portaluppi contra o Atlético-MG de Jorge Sampaoli nesta quarta-feira (20) está o duelo entre os treinadores. O comandante gremista tem um trabalho consolidado de quatro anos, com títulos, padrão de jogo e sem um elenco milionário à disposição.
Do outro lado, o bom, mas excêntrico, técnico argentino tem em torno de si uma pirotecnia que já obrigava sua equipe a estar em melhor situação na tabela. O grupo é de primeira qualidade, não houve competições paralelas ao Brasileirão e o que se vê é uma instabilidade de desempenho que não convence nem sua própria torcida.