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Luciano Périco: saída de Pepê pode aumentar o poder de investimento do Grêmio
Tricolor confirmou a ida do atacante para o Porto-POR
Agora é oficial. Pepê vai atuar no Porto-POR a partir de julho. Como tem 70% dos direitos do jogador, desembarcam nos cofres gremistas 10,5 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 70 milhões. É uma baita grana. Segundo dados divulgados pelo clube, o Tricolor ainda fica com 12,5% do valor arrecadado acima de 15 milhões de euros de uma futura negociação do atacante.
É possível afirmar que o presidente Romildo Bolzan Jr conseguiu ter habilidade de atender o desejo do jogador e do seu empresário, Adriano Spadotto, de atuar no futebol europeu, sem abrir mão do atleta na hora decisiva da Copa do Brasil nos duelos contra o Palmeiras. O negócio foi muito bom para todas as partes.
Todos nós sabemos que a grande maioria dos clubes no Brasil, talvez excetuando Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, não possuem alto poder de investimento. Vender é preciso. Mas também é notório que o Grêmio, sob a batuta de Bolzan e seu conselho de administração, conseguiu equacionar muitas dívidas do clube e vem operando com superávit nas últimas temporadas, mesmo em um período de pandemia, que criou um desequilíbrio na economia do mundo.
Agora, o próximo desafio gremista será utilizar os recursos disponíveis pela venda de Pepê para reinvestir no elenco. Após o término da Copa do Brasil, com a manutenção ou não de Renato Portaluppi, será preciso reformular o grupo de jogadores. Recomeçar um novo ciclo.
Além de apostar na base, como já faz de forma exemplar, o Grêmio precisará de reforços pontuais para posições que apresentaram algumas fragilidades. Por mais que, desde o primeiro dia da sua gestão, o presidente gremista tenha pregado a política da austeridade nos gastos, chegou a hora de abrir o cofre para manter o Tricolor competitivo, brigando por títulos.