Paixão Tricolor
Cacalo: reviravolta na calada da noite
Acerto verbal entre Grêmio e Borré iludiu quem dormiu cedo na terça, mas não descarto uma reaproximação
Quem vai cedo para a cama, aliás fato comum nesta pandemia, foi dormir na noite de terça-feira (30) com o centroavante Rafael Borré praticamente contratado pelo Grêmio, faltando apenas pequenos detalhes. Se é que uma assinatura de contrato milionário pode ser um pequeno detalhe.
Utilizo esta expressão na medida em que circulava com muita intensidade a notícia de que as partes estavam acertadas. Mas, no futebol e em um negócio deste porte, as partes estarem ajustadas não significa um acordo só entre atleta e clube.
Como se viu depois, por diversas manifestações de pessoas periféricas ao negócio, dando várias declarações, sempre havia uma aresta a ser aparada. E não estou fazendo crítica àqueles que estavam envolvidos, com interesse ou não, porque isso é parte integrantes do futebol.
Dentro desse contexto, o Grêmio, que tinha um novo centroavante, deixou de tê-lo no dia seguinte. Se por um lado é um alívio às finanças do clube, por outro, pelas informações, o tricolor perdeu um grande jogador e fazedor de gols.
Confirmado esse rompimento, creio que, com um pouco de criatividade, há outros centroavantes no mercado, sem a mesma grife, mas também especialista em marcar gols e mais baratos. Quem sabe, porém, amanhã, tudo pode retornar a situação imediatamente anterior? No futebol atual a palavra dada numa circunstância pode ser alterada diante de nova condição financeira — e o fio do bigode ser raspado.