Reviravolta
Luciano Périco: não adianta Ferreira ficar sem estar com a cabeça no Grêmio
O histórico da relação do jogador e seu empresário Pablo Bueno com o Tricolor, de turbulência entre as partes, precisa ser superado
O histórico da relação entre Ferreira e seu empresário Pablo Bueno com o Tricolor, de turbulência entre as partes, precisa ser superado de uma vez por todas. Seria bom para todos os lados. Mudou todo o cenário. O Atlanta United, dos Estados Unidos, não depositou a multa rescisória de 8 milhões de euros, valendo um pouco mais de R$ 49 milhões, para levar o atacante. Como o pix não pingou na conta gremista, o negócio mixou. Com isso, o contrato do jogador com o Grêmio deve ser estendido, com aumento de salário e ampliação da multa rescisória. A questão era algo desejado pelo clube há algum tempo e negado por parte do estafe do jogador.
Até se lesionar no último clássico Gre-Nal, Ferreira vinha de uma sequência de más atuações, assim como toda a equipe. Não estava conseguindo o protagonismo esperado. Não podemos esquecer que, antes, ele também teve atuações importantes com dribles e gols.
Os últimos passos, como a falta em três dias de treinamentos para fazer tratamento, precisa ser cobrada internamente. Mesmo se havia um negócio engatilhado com os norte-americanos - o que é legítimo - é pouco profissional deixar de comparecer ao clube. Dentro de campo, Ferreira pode dar uma ótima resposta. Só que ele vai precisar ter o foco no Grêmio.
O Tricolor necessita de atletas que estejam conectados com a causa de tirar o time da vergonhosa zona de rebaixamento. A permanência do camisa 11 pode significar um trabalho a menos para os dirigentes gremistas qualificarem o grupo. Mas ele deve deixar um pouco de lado a necessidade constante de buscar uma negociação. Mostrando um grande futebol no campo, naturalmente, melhores possibilidades financeiras vão surgir na carreira.