Além da reconstrução da relação com a torcida, que ficou estremecida após os últimos atos de Douglas Costa no fim de 2021, eu acredito que, para que tenhamos uma real ideia do que pode acontecer com ele em 2022, a direção tem de tomar algumas atitudes mais assertivas, administrar melhor o grupo e alguns jogadores, principalmente os que são mais "estrelas". 

Digo isso porque, na minha avaliação, na gestão de Romildo Bolzan, não tivemos problemas somente com Douglas Costa, na categoria "medalhões". Tivemos problemas de rendimento com Diego Tardelli, André, Thiago Neves, Vanderlei, Robinho, Rafinha e Victor Ferraz, para citar apenas alguns, sem lembrar de alguns outros vários que deixaram a desejar por aqui.

Claro que a falta de comprometimento de diversos figurões que por aqui passaram é responsável por uma boa parte do fracasso desses jogadores. Mas, a cada ano que passa, é quase impossível não reparar que outros times do país, que pagam bem e em dia, como o Grêmio, conseguem fazer a gestão de figurões e que esses jogadores, diferenciados, sem dúvida, gastam a bola nesses clubes.

Então, além da atitude de Douglas Costa, que precisa mostrar mais comprometimento, entrega e compromisso com o clube, eu acredito que é a hora de os dirigentes gremistas também conseguirem colocar em prática uma gestão melhor com esse tipo de jogador.

É evidente que Douglas Costa, com "uma perna só", como se diz no linguajar popular, joga mais do que boa parte dos jogadores em atividade no país, tanto na Série A, quanto na Série B. Mas não basta apenas ele querer, sabemos disso, o futebol é um mundo à parte, infelizmente. 

Se os dirigentes não fizerem uma gestão competente com ele, tendo em vista a fortuna que ele custa mensalmente, será mais um medalhão fracassado no Tricolor. Claro que os jogadores têm culpa, lhes falta comprometimento. Mas, onde anda o trabalho da direção? Esperemos que apareça, neste ano.