Faço um esforço sobre-humano para buscar as razões que levam uma pessoa a sair de casa para apoiar o seu time e, no meio do caminho, pegar uma pedra e/ou uma barra de ferro e atirar sobre o ônibus da equipe adversária. Não há explicação qualquer que justifique este ato criminoso. 

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Nada pode absolver um cidadão que, com essa atitude, sem nenhuma dúvida, tentou matar outro ser humano. Mesmo não entendendo o que leva a esta tentativa de homicídio, aponto como razão principal a impunidade. Quantas vezes fatos semelhantes — talvez não com tanta gravidade — já aconteceram em vários estádios e com várias torcidas. 

E sendo gremista não me refiro especificamente ao ocorrido por ter sido com nosso adversário, o Inter. Ouso dizer que embora fosse justa uma punição ao clube, penso que não é terapêutica porque reconheço que é muito difícil controlar pessoas no meio de uma multidão. Agora, infelizmente, se não houver a prisão de quem praticou um homicídio tentado, esses fatos lamentáveis, próprios de páginas policiais, vão seguir acontecendo.

Penso que a lei é branda porque muitos não são punidos, mas então que as autoridades tratem de mudar a lei. Será que isso traz votos aos políticos? O crime tentado só não foi completo por desígnios divinos. 

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Nenhuma pessoa — muito menos um atleta trabalhando — merece sofrer esse tipo de agressão. Repito, a resposta dos poderes constituídos deve ser dura, dentro da lei, mas se valendo de todos os rigores que ela permite. E se formos avaliar dentro deste contexto policial, o futebol está manchado. 

Deus queira que os lesionados se recuperem integralmente, e que os agressores estejam na cadeia. Vamos torcer para que o nosso campeonato prossiga em paz, sendo disputado apenas na bola, que é o objetivo dos profissionais e torcedores.