Dura realidade
Luciano Périco: a longa travessia que o Grêmio terá de encarar em 2022
Tricolor precisa enfrentar com toda a seriedade a Série B, que inicia em abril e termina em dezembro
Cada vez mais, 2022 será uma temporada de passagem para o Grêmio. Um longo pântano a ser atravessado em meio à tempestade. A queda prematura na Copa do Brasil para o Mirassol escancara o tamanho do estrago de uma administração ruim, que levou um gigante do futebol brasileiro ao penoso rebaixamento.
Por mais que se tenha propagado, durante muito tempo, que as finanças estariam em ordem, uma queda para a Série B fez tudo ir por água abaixo rapidamente. Com isso, o poder de investimento do clube diminuiu. Tudo aquilo que foi construído com os títulos de 2016 e 2017 sumiu pelo ralo. Tendo menos recursos para investir, o time caiu de qualidade. Agora, só resta brigar pelo Gauchão e buscar o acesso ao Brasileirão de 2023.
Na segunda tarefa, em hipótese alguma, poderá falhar. Sem a Copa do Brasil e estando fora das competições internacionais, o Tricolor saiu de vitrines importantes na atual temporada. Terá, no máximo, 55 partidas para entrar em campo. Longe dos holofotes, ficará na pouco valorizada prateleira da Série B.
Mas a ficha só vai cair de verdade quando iniciar a caminhada, contra a Ponte Preta, em abril. A partir de Campinas, serão mais 37 rodadas de viagens longas, gramados de menor qualidade e adversários sedentos para tirar uma casquinha do gigante, que está fora do seu habitat natural.
Sempre será o Grêmio, com sua camisa e sua história gloriosa. Mas isso não basta para voltar ao convívio dos grandes. Roger Machado já alertou sobre isso. É preciso qualificar o grupo. Os atletas precisam estar comprometidos com a causa. E o torcedor gremista terá de ser forte nessa travessia.