Paixão Tricolor
Cacalo: falta equilíbrio técnico ao time do Grêmio
No futebol, se ganha ou se perde no meio-campo


Na coluna pós-jogo, fiz referência à formação do time e, sem maiores avaliações, concluí apressadamente que a equipe gremista jogou contra o Sport com uma escalação, para o meu gosto pessoal, um tanto quanto desequilibrada. Antes de tudo, quero repetir o que já afirmei inúmeras vezes: empilhar atacantes não é, nem nunca foi, garantia de um ataque funcionando bem e certeza de gols.
Ainda mais considerando que o Grêmio tem atuado com três zagueiros, dois alas e apenas dois meio-campistas típicos no setor. Isso dificulta as assistências aos atacantes — que, por sua vez, têm sido auxiliares do meio-campo, sem que tenham características para tanto.
Biel e Janderson são esforçados, voltam para marcar e são atacantes que se encontram um tanto deslocados da função. Deveriam ficar prioritariamente como jogadores ofensivos, agudos e velozes. Bitelllo não pode sair do time, por todas as qualidades que possui, com capacidade de atuar em qualquer das funções do meio-campo.
Nessas condições, na minha modesta visão de futebol, o jogo se ganha ou se perde no meio-campo e, assim sendo, creio que restaria uma dúvida para efeito de composição da equipe.
Mudança
Seria a saída de um dos volantes para que Bitello e Gabriel Silva compusessem o setor de meio. Que seriam acompanhados ainda por dois atacantes típicos. E um deles poderia, por eventual necessidade, voltar e ajudar na marcação de meio. Concluo que temos de povoar o meio com jogadores de qualidade e não empilhar atacantes fora de suas funções.