O técnico gremista é um profissional que não perde tempo para assumir determinadas decisões. Mesmo que pareça, para quem está à distância, que elas possam ser extremas ou até precipitadas. Renato é um comandante de personalidade, corajoso e muitas vezes, inclusive, avançando o sinal diante de seus próprios dirigentes.

Quem o dirige deve ter muito jogo de cintura para manter o técnico focado na equipe e oferecendo apoio para que ele assuma posicionamentos diversos do que seria o mais fácil para decidir. Renato tem ideias próprias sobre futebol, oferece segurança para que seus atletas venham a desenvolver o melhor dentro do campo, ressaltando sempre que confia nos seus comandados. Ou seja, jamais, que eu me lembre pelo menos, responsabilizou isoladamente qualquer um de seus jogadores em resultados ruins.

Ilustro desde já com a mudança determinada pelo treinador, antecipando a concentração em um dia. Considerando que o Grêmio joga somente no próximo domingo, além da utilidade natural de se concentrar, acredito que o que ocorreu seja para que os profissionais tenham um dia a mais para trocarem ideias sobre tudo que envolve uma partida de futebol.

Em conjunto

Tenho sempre repetido que Renato tem experiência e ampla capacidade de comando, mas no meu entendimento, não deveria assumir sozinho as decisões do departamento de futebol.

O importante numa situação como o Grêmio vive atualmente é que haja confiança mútua, valendo aquele velho chavão que diz: “Ganhamos todos ou perdemos todos”.