Paixão tricolor
Cacalo: a minha dúvida sobre a permanência de Renato no Grêmio
Espero que os candidatos à presidência entendam os limites do clube
Ambos os candidatos à presidência do Grêmio têm feito declarações públicas de que já falaram com o técnico Renato Portaluppi, visando a sua permanência para o próximo ano. Ao mesmo tempo, dizem que não podem definir isso, porque estão esperando a eleição — o que não deixa de ser uma verdade. Enquanto isso, os dois organizam seus departamentos e suas possíveis comissões técnicas, independente de quem será o treinador.
Pela experiência que tenho, reconheço que é razoável encaminhar o nome de um treinador para o ano que vem, até porque se diz que o nome de Renato traz o forte apoio do torcedor. Porém, quero analisar sob o ângulo do Renato.
Primeiramente, quero declarar que sempre fui favorável à permanência do treinador no Grêmio. Mas quero também pensar no clube. A não ser que a questão financeira esteja definida com os dois candidatos, estes anúncios podem ter sido precipitados.
O candidato eleito, ao sentar com Renato para a negociação, corre o risco de receber uma proposta impagável. E, na medida em que já anunciou o técnico, o que fará diante do fato novo?
Limites
Isso já aconteceu no Grêmio há alguns anos, e o clube teve de arcar com valores absurdos, recém prometidos. Particularmente, penso que, diante das condições lançadas, espero que os candidatos também reflitam e entendam os limites do clube.
É preciso que todos sintam-se à vontade, dentro de condições razoáveis para os profissionais e também para a agremiação.