Não há apenas uma causa para a assustadora queda de rendimento do Grêmio no Brasileirão. É um combo, como aquele que as redes de fast food vendem aos seus clientes com hambúrguer, batata frita e refrigerante.

Claro, que a culpa maior cai sempre no colo do treinador. Afinal, é dele a tarefa de fazer o time jogar. Renato Portaluppi tentou várias formas de atuar na temporada. Não conseguiu encontrar o esquema definitivo. Fisicamente, os jogadores padecem. Muitas lesões. E Renato não consegue explicar a cobrança pela falta de trabalho com longas folgas. Apenas ataca os críticos. Maneira mais fácil de fazer uma cortina de fumaça.

Daí partimos para a segunda questão. O Grêmio formou um time. Com Luis Suárez, fez uma contratação bombástica. O gringo vem dando resposta. Mas o Tricolor não tem um elenco confiável. As peças de reposição são insuficientes. Todas as contratações da segunda janela fracassaram.

Com isso, chegamos à última ponta do triângulo. Quem montou o grupo e cobra do técnico? O presidente e os dirigentes do futebol. Há algumas escolhas erradas na formação do elenco. A correção de rota no Grêmio não é algo simples para a sequência da luta pela vaga na Libertadores. É nítido, que todos no clube estão em uma perigosa zona de conforto, enquanto o barco vai afundando. Cada um tem a sua parcela de culpa. Só que ainda dá tempo de acordar.