É unânime que o grande nome da temporada foi Suárez. Argumentar contra isso é desperdício completo de energia. Um jogador, porém, garantiu destaque e o posto de um dos melhores da sua posição no futebol brasileiro. 

O paraguaio Mathias Villasanti chegou a um Grêmio turbulento em 2021, ficou para uma morosa Série B em 2022 e despontou de vez em 2023, no seu terceiro ano de clube, consolidando-se como um pilar do meio-campo de Renato Portaluppi.

Um impasse, no entanto, gera preocupação entre os torcedores. Villasanti tem contrato até 2024, é cobiçado por clubes da Europa e o fim da novela de negociações entre o Grêmio e o jogador parece ainda distante de um final feliz. 

Novidades só devem surgir após a virada do ano. Enquanto isso, um pouco de angústia misturada à preocupação agita os torcedores. Porém, a segurança do contrato ainda vigente com o jogador garante momentos de tranquilidade — e um sutil suspiro de alívio.

A certeza é de que a permanência de Villasanti até o fim do ano que vem — visto que o assédio do Velho Continente aumentará no segundo semestre — é um dos grandes reforços do Grêmio para a sequência de uma temporada ainda mais cheia para o clube. O paraguaio é peça importante de Renato e perdê-lo em meio ao ano não deve ser visto como opção.

Dupla a se consolidar

A adaptação a um futebol diferente é sempre um desafio. O próprio Villasanti viveu isso. Demorou a deslanchar. Quando a adaptação veio, o volante desabrochou. A materialidade mostra que isso pode (e deve) ocorrer com Cristaldo e Carballo, que, apesar de atuações instáveis, mostraram valências para agregar ao time titular. 

Em uma nova temporada, mais habituados ao futebol brasileiro, a dupla tende a fazer parte do tripé de meio-campo estrangeiro montado pelo Grêmio para a competição continental, na busca mais uma vez pela Glória Eterna.