Paixão tricolor
Mateus Bunde: para a Libertadores, o Grêmio precisa de mais
A torcida quer criatividade nas contratações

Com o fim da temporada, o torcedor gremista se encheu de esperança e motivação para o retorno da equipe à Copa Libertadores. A direção que contratou Suárez dava sinais de um 2024 dos sonhos.
No entanto, as semanas que sucederam o fim do Brasileirão parecem sinalizar um possível pesadelo para a torcida, que tem como grande obsessão a conquista da Libertadores mais importante de todos os tempos para o tricolor gaúcho.
Além da possibilidade de ser o primeiro tetracampeão do Brasil, o título concederá vaga no tradicional Intercontinental do final de ano e no Mundial de Clubes de 2025. É a única chance do clube de disputar o torneio.
Contudo, a diretoria não parece ter a mesma dimensão da torcida desta tão sonhado conquista. Ao menos é isso o que os primeiros movimentos na janela de transferências mostram.
O Grêmio não tem o substituto para Suárez — que já havia sinalizado o desejo de deixar o clube em julho —, não tem um goleiro experiente, mostra intenção de renovar com toda uma defesa que foi facilmente vazada ao longo do ano e os movimentos no mercado da bola são tímidos, ainda que agregadores.
Afinal, Soteldo resolve a ponta-esquerda, enquanto Dodi chega como uma ótima composição para o grupo.
Mas é preciso mais
A direção parece refém de um ótimo primeiro ano após a volta da Série B. Agora, com a régua mais alta, mostra dificuldade em fazer movimentos ousados no mercado. Entretanto, não é necessário um investimento do nível dos endinheirados Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG.
O que a torcida quer é criatividade nas contratações, inteligência para agregar nomes ao elenco e encontrar bons jogadores para que o time dê o salto que ainda não aparentou dar desde o fim da temporada.