A vitória acalma e acalenta. As notícias dos bastidores, no entanto, causam desconforto e receio. Com a janela de inverno do futebol brasileiro prestes a abrir, o Grêmio precisa ir ao mercado atrás de nomes de impacto, que possam somar ao plantel desequilibrado formado às pressas no começo do ano.

Ainda pagando o preço das contratações feitas no meio de 2023, o clube precisa ser certeiro e ir com um objetivo em mente: contratar jogadores para a titularidade — algo que o Grêmio tem feito raramente nos últimos anos. Desde 2015, por exemplo, o Tricolor não contrata nomes para assumir a titularidade da zaga, confiando piamente na saúde dos já exaustos Kannemann e Geromel.

Para o ataque e o meio, aposta-se apenas em eventuais nomes para as reservas de Diego Costa e Cristaldo, respectivamente. É insuficiente.

O Grêmio tem que pensar grande, como o clube grande que é. Por que não contratar alguém do nível de Diego Costa ou melhor? Por que não trazer alguém do nível de Cristaldo ou melhor? São questionamentos que qualquer gremista faz desde 2018, quando precisou ver Bressan substituir Paulo Miranda no fatídico jogo diante do River Plate.

O último e único

O calendário é longo. Inviável jogar todas as partidas. Dosar é importante. Portanto, ir atrás de jogadores de peso deveria fazer parte da rotina do departamento de futebol. Afinal, contratar pensando apenas em "reservas" para os titulares firmados nos fez cair na armadilha JP Galvão, que retumba até os dias de hoje e nos cobra a cada nova partida.