Obras no Beira-Rio
Kenny Braga: Perigos imaginários

As obras de reforma do Beira-Rio, que se processam em ritmo normal, podem perturbar novamente o sono do presidente do Inter, Giovanni Luigi. Ou não. Depende do que for decidido na visita de inspeção que o juiz da 16ª Vara Cível de Porto Alegre, João Ricardo da Costa, fará hoje à tarde ao estádio, em companhia de representantes da Brigada Militar, da prefeitura e do Corpo de Bombeiros.
Ele ouvirá todos os esclarecimentos técnicos indispensáveis sobre o andamento das obras e possíveis riscos para os torcedores em dias de jogos. Só depois adotará uma decisão.
Marcação cerrada
Qual será a decisão? Só o juiz e sua consciência poderão revelar. O que se sabe é que João Ricardo Costa quer dar sua opinião sobre o assunto o mais depressa possível.
Age de forma idêntica ao promotor Fábio Sbardelotto, que deseja ver o Beira-Rio interditado para jogos de futebol imediatamente. Foi ele quem levantou a curiosa hipótese de que o material das partes demolidas possa servir como arma em caso de briga entre torcedores.
Como se vê, portanto, suas excelências estão marcando de cima as obras do Beira-Rio. É um problema é tanto para o Inter. Minha esperança é de que os participantes da inspeção marcada para hoje não sejam apressados na identificação de perigos imaginários. Do contrário, em pouco tempo, o Inter ficará impedido de receber seus adversários em casa.