O empate sem gols com o Náutico, quarta-feira, no Beira-Rio, evidenciou o que os dirigentes já sabiam: é preciso contratar centroavante. Com Leandro Damião na Seleção e devendo ser negociado, e Dagoberto machucado, Jajá está jogando improvisado ao lado de Forlán. A dupla, porém, não vem dando resultado. Em três jogos, não marcou gol, e o time fez apenas um, com o volante Ygor.

A direção admite que se trata de um caso de urgência. E o vice de futebol Luciano Davi promete contratar até a próxima semana:

- Ele tem que chegar e jogar na quinta. Senão perdemos o timing, mais jogos sem alguém no ataque.

Para jogar contra o Timão

A pressa tem explicação. Na quinta-feira, o Inter enfrenta o Corinthians e não terá, além de Damião, Forlán, convocado para a seleção uruguaia, e Guiñazú, na seleção argentina. Por isso, tem que ser alguém que esteja treinando e com ritmo de jogo para ser a referência no ataque.

He-Man segue na mira

Rafael Moura, do Fluminense, segue sendo a primeira opção. Atacantes da Segundona foram descartados.

- Estamos analisando três ou quatro nomes. Se for para fazer aposta, tipo de Série B, vou investir no que temos nas categorias de base. Tem que ser alguém pronto para entrar e ajudar de cara - explicou Davi.

A direção do Fluminense deverá dar uma resposta hoje se aceita parcelar os R$ 7 milhões. O Inter já negocia com os representantes de He-Man o salário e tempo de contrato - seria de cinco anos.

Quem dá mais no leilão por Damião

O sucesso de Leandro Damião na Olimpíada fez crescer o interesse dos times europeus. Além do Tottenham, o primeiro a enviar oferta - 12 milhões de euros (R$ 29,7 milhões) -, Manchester City e Manchester United também estão de olho no camisa 9 do Colorado, o que deverá aumentar as ofertas.

O Inter nega ter qualquer proposta oficial. Com a valorização nos Jogos de Londres, acredita que poderá vendê-lo por até 30 milhões de euros (R$ 74,4 milhões) - 70% dos direitos econômicos são do clube gaúcho.

Forlán espera "jogar melhor"

Depois de três partidas, Diego Forlán acumula mais de 200 minutos com a camisa do Inter. E admite estar sentindo a rotina puxada do futebol brasileiro. Depois da partida com a Ponte Preta, domingo, no Beira-Rio, o atacante apresenta-se à seleção uruguaia.

- Tenho que começar a jogar melhor. Depois de tanto tempo, viagem e tantos jogos próximos, é normal sentir-se mais cansado. Com trabalho e mais jogos, vou me sentindo melhor - disse o camisa 7.

- Experiência diminui ansiedade pelo gol

Sobre o fato de ainda não ter marcado seu primeiro gol, garante estar tranquilo:

- Ansiedade, não. Gostaria muito, mas tenho experiência para viver situações assim. Se você tem isso (ansiedade), fica mais longe do gol. O melhor é fazer o bom trabalho e jogar para o time.