Paixão Colorada
Kenny Braga: A bola e a vida

Há uma cena na vida de Dunga, o técnico que o Internacional quer para 2013, inesquecível para milhares de brasileiros que assistiram à final da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Após o empate em 0 a 0 com a Itália e a vitória brasileira nos pênaltis, em Pasadena, o capitão beijou a taça da Fifa, dedicando o troféu aos torcedores.
Naquele momento, Dunga concretizava extraordinário capítulo de superação pessoal. Depois de receber fortes críticas na Copa do Mundo da Itália, quatro anos antes, vencida pela Alemanha, Dunga foi, ao lado de Romário e Bebeto, um dos jogadores mais destacados no Mundial de 1994. Além de jogar uma enormidade, cumpriu bem a missão de impedir as explosões temperamentais de Romário.
Biografia
Pois eu só desejo que Dunga tenha muito sucesso caso acerte com o Internacional, após ter sido capitão e técnico da Seleção Brasileira. E que seja bem sucedido na tarefa de harmonizar o vestiário do Inter, impedindo que vaidades e rusgas varzeanas prejudiquem o desempenho do time na próxima temporada.
O cidadão Dunga é indissociável do profissional Dunga. Não há como separá-los. Ele é um exemplo que todos os jogadores devem seguir. Um profissional não pode ser eficiente somente no campo de jogo. Tem que tocar bem a bola e a vida, construindo ao longo do tempo uma biografia tão respeitada como a de Dunga.