Inter



Paixão Colorada

Kenny Braga: Fernandão

21/11/2012 - 07h33min

Atualizada em: 21/11/2012 - 07h33min


Lá se foi outro técnico do Inter, sacrificado no altar da baixaria e do antiprofissionalismo que expõe alguns jogadores do clube, insatisfeitos com o trabalho e a maneira de ser do treinador. No caso, Fernandão, bom caráter, decente, sério, com excelente nível cultural, que será sempre um dos grandes ídolos da história recente do Beira-Rio.

Fernandão, que a exemplo de outros técnicos que passaram pelo Colorado recentemente, também não agradavam ao paladar dos donos do vestiário. Fernandão teve coragem de colocar o dedo na ferida que há muito tempo corrói o ambiente do vestiário alvirrubro. E que, por dizer a verdade, por ser sincero, foi cercado pela má vontade dos medalhões, que querem mandar mais do que o presidente Giovanni Luigi.

Obrigação de vencer

Na verdade, Fernandão saiu por pressão irresistível de dois ou três falsos líderes, que não aceitam críticas, jogam muito menos do que sabem e se colocam no patamar dos intocáveis. E quando eu soube da notícia, ontem pela manhã, sinceramente não lamentei a sua sorte, embora tenha me comovido com a sua entrevista.

Ele vai cuidar da sua vida em outro lugar e ainda será, com toda certeza, um técnico consagrado. Não precisará conviver com quem fala dele pelas costas. Mas, agora, os jogadores que viam em Fernandão um obstáculo para boas atuações do time, ficam obrigados a vencer a Portuguesa e depois o Grêmio, caminhando. Se o problema era o técnico, eles que resolvam tudo sozinhos.


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