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Adeus ao General

Rescisão entre o zagueiro Bolívar e o Inter deve ser assinada até a sexta-feira

De férias com a família, a assinatura do termo depende apenas de o camisa 2 estar em Porto Alegre

23/12/2012 - 19h08min

Atualizada em: 23/12/2012 - 19h08min


Alexandre Ernst
Alexandre Ernst
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Em Alvorada: Bolívar levou gancho da direção após se negar a estar no banco de reservas contra o Corinthians

Uma rescisão amigável entre a direção do Inter e o empresário Neco Cirne colocou fim à Era Bolívar no Beira-Rio.

O distrato já está feito e será assinado até sexta-feira. De férias com a família, a assinatura do termo depende apenas de o camisa 2 estar em Porto Alegre. O Inter não revela os valores da negociação com o zagueiro, mas, para deixar o Inter, Bolívar teria direito a receber pelo menos R$ 2 milhões de indenização.

- Fizemos um acordo. Uma negociação adequada para as duas partes - resume o diretor-executivo Newton Drummond, o Chumbinho.

Mesmo de saída do Inter, o zagueiro poderia ficar na Capital. Na última sexta-feira, o Blog Dupla Explosiva, de zhEsportes, noticiou que Bolívar poderia atuar no Grêmio para a disputa da Libertadores. Tudo porque o time de Vanderlei Luxemburgo estaria com dificuldades de encontrar um zagueiro experiente no mercado. Bicampeão da Libertadores com o Inter, e capitão do time de 2010, o jogador que começou a carreira no Grêmio poderá voltar para o clube.

- O Grêmio não está negociando com Bolívar - desconversou o executivo de futebol tricolor, Rui Costa.

Bolívar deixa o clube após um 2012 conturbado. O Flamengo, então de Luxemburgo, chegou a tentar contratá-lo no começo do ano - mas a pedido de Dorival Júnior, o zagueiro permaneceu no Beira-Rio. Porém, preterido por Rodrigo Moledo, o atleta viu o Inter classificar-se às oitavas de final da Libertadores do banco de reservas. Foi titular de Dorival Júnior apenas uma vez - na derrota para o Juan Aurich, por 1 a 0, na altitude do Estádio Elías Aguirre, em Chiclayo, no Peru. O defensor atuou algumas vezes pelo Gauchão, até que recuperou a posição de titular com uma lesão de Rodrigo Moledo.

Foi a partir do Brasileirão, já após a saída de Dorival, que Bolívar tornou-se alvo de polêmicas. Sob o comando de Fernandão, deixou a titularidade após a derrota por 1 a 0 para o Coritiba, no dia 29 de agosto. As explicações para a ausência foram das mais variadas. Primeiro, uma forte gripe. Depois, teria pedido para ficar fora do banco a fim de se aprimorar tecnicamente nos treinamentos. Uma tendinite na coxa direita o afastou dos trabalhos com o grupo até o dia 12 de outubro. Quando voltou aos treinos normais, ficou claro que tinha ficado para trás por simples opção de Fernandão - ao todo, Bolívar fez 11 partidas sob o comando do ex-capitão do Mundial.

A gota d'água para que o jogador deixasse o grupo ocorreu no dia 18 de novembro. Bolívar não havia sido relacionado para a partida contra o Corinthians. Índio, Moledo e Juan eram os zagueiros convocados para o jogo no Beira-Rio, e Juan lesionou-se um dia antes do confronto. Ao ser chamado para compor o grupo, Bolívar disse que não iria concentrar pois, segundo o presidente Giovanni Luigi, "teria um compromisso".


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