O futebol, como qualquer outro esporte, não deveria protagonizar cenas violentas dentro e fora dos gramados. Infelizmente, a violência de jogadores medíocres e torcedores alucinados, que se escondem no anonimato dos grupelhos, agindo covardemente, é cada vez mais comum.

Por isso, entidades ligadas à administração do futebol estão cada vez mais preocupadas com a situação que, se não for modificada, vai retirar muitas pessoas civilizadas e famílias dos estádios.

Exemplo maior é o da Conmebol, que comemora a criação do novíssimo Tribunal Disciplinar, com apenas três meses de atividade.

Penas severas

O Tribunal, com representantes de dez países que integram a entidade, já aplica penalidades com um rigor que não se via antes. O Corinthians sentiu na pele. Ontem, Vélez e Peñarol atuaram sem suas torcidas, que brigaram em Montevidéu. O maior objetivo é diminuir a violência que através dos anos vem crescendo na Libertadores.

A impunidade existente deixava os espíritos agressivos à vontade para cometer desatinos. O presidente do novo Tribunal Disciplinar é o pernambucano Caio Vieira Rocha, 32 anos, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Minha esperança é de que a comissão de disciplina do Tribunal seja implacável nas punições para que o futebol não se transforme em novo exercício de guerra.