Indignação na Serra
A reação dos torcedores colorados em Caxias
Comunidade reclama do fato do Inter cogitar trocar o Centenário por outro estádio para mandar seu jogos enquanto não puder voltar ao Beira-Rio
A resistência dos jogadores em atuar na Serra e a possibilidade de o Inter mudar de casa preocupa e indigna os torcedores da região. O cônsul de Caxias do Sul e conselheiro do clube, Reinaldo Rech, ressalta que muitos compraram camarotes para os jogos pelo Brasileirão e pela Copa do Brasil.
Domingo, o Inter recebe o Lajeadense, no Centenário.
- Não vemos com bons olhos isso tudo. Os jogadores não têm que falar nada. Isso é
coisa da imprensa. A última palavra é do presidente. Os jogos serão sempre aqui
porque essa é a palavra do Giovanni Luigi - ressaltou Rech.
Um dos cônsules mais antigos, Rech garante que o pouco público nos três primeiros jogos do Inter no Centenário não serão rotina. Com capacidade para 30.822 pessoas, o
recorde do Inter foram 11.560 pessoas, no Gre-Nal. Ações de marketing dos consulados da região e promoções do clube tentam reverter o quadro.
- Todos os cônsules da região trabalham em função desses jogos e se movimentam
para trazer mais torcedores ao Centenário - afirmou.
● Jogadores reclamam
Pela terceira vez, o Inter jogará como mandante no Centenário - enfrentou ainda o Caxias, mas como visitante. A partida de domingo decide vaga nas semifinais da Taça
Farroupilha, o que aumenta o interesse.
O Centenário foi escolhido como casa colorada até que o Beira-Rio esteja pronto. A distância de 134km, porém, incomoda os jogadores. Em reunião na semana passada,
lideranças do grupo manifestaram à direção a preocupação pelo desgaste com as viagens seguidas.
Nesta semana, o Novo Hamburgo deve formalizar proposta ao Inter para que o time
atue no seu estádio a partir da instalação de arquibancadas móveis.
- Não existe pedido dos jogadores. Eles não falaram em preferência, mas na preocupação pelo desgaste de jogar 70 jogos fora do nosso estádio. Sabem que não é possível jogar no Estádio do Vale pela capacidade - afirmou o diretor de futebol Luis
César Souto de Moura.