O que parecia difícil, quase impossível, aconteceu ontem à tarde, em Veranópolis: o Inter foi derrotado por um adversário que teve como seu único e grande mérito a marcação do gol da vitória, aos dez minutos do primeiro tempo.

À exceção do gol marcado por Jonas, de cabeça, aproveitando a cobrança de escanteio, quem teve a posse de bola, quem dominou o jogo foi o time do Inter. Mas que domínio estéril e inconsequente!

Em nenhum momento do jogo, os atacantes do Inter criaram situações para marcar. As poucas jogadas de ataque morriam na barreira intransponível do time do Veranópolis, comandado pelo técnico Julinho Camargo.

Time de operários

Nem mesmo as substituições feitas por Dunga no segundo tempo, com as entradasde de Fred, Caio e Otavinho nos lugares de Dátolo, Aírton e Rafael Moura, modificaram para melhor o time. O Veranópolis continuou se defendendo com eficiência.

No fundo, só queria que o tempo passasse rápido mantendo inalterado o placar do primeiro tempo. Enquanto isso, o time do Inter insistia em malhar ferro frio.

Assim, nenhum jogador colorado se destacou da mesmice insuportável para o gosto da torcida. Mesmo depois de ter ficado com dez jogadores em campo, após a expulsão de Itaqui, aos 35 minutos do segundo tempo, o Veranópolis não afrouxou  seu poderoso esquema de marcação. Seus jogadores foram operários aplicados na perfeita execução do seu trabalho.