Quem lê esta coluna sabe que não gosto de ver o Internacional vendendo seus melhores jogadores, mesmo que os negócios rendam muito dinheiro para o clube. Estou na contramão do comportamento de alguns colegas que aceitam com resignação a ida para o Exterior dos melhores jogadores do Colorado.

São realistas, talvez, mas não lhes invejo esse predicado. Acho que sempre há um jeito de os dirigentes impedirem transações que enfraqueçam o time. Mas não me irrito tanto quando eles concordam com a venda de um jogador que já escreveu sua história no clube e julgam ter chegado a hora de pensar mais nos seus ganhos do que na alegria de vestir a camisa vermelha.

Fred

Mas fico tentado a proferir palavrões em público quando vejo o Inter concordando com a saída de um jogador talentoso, que mal chegou à maioridade e ainda não descobriu a metade do seu potencial. Será que ele não pode esperar um pouco mais? Será que ele não ter força de vontade para ignorar a orientação interessada do empresário e o entusiasmo deslumbrado de conselheiros eventuais?

Deixo as perguntas sem resposta, pensando no Fred, que certamente está pedindo ao presidente Giovanni Luigi que concorde com a sua ida para o Exterior, mais precisamente a Ucrânia. Pois que insista, mas acho que não vai levar. E o Assis, dono de quase a metade do passe do Fred, também não pode radicalizar. Tem que transigir, negociar. Será bem melhor para todos.