Desde o momento em que foi noticiada a possibilidade da vinda do Adriano para o Internacional, tenho ouvido, principalmente no Centro da Capital, muitas opiniões a respeito do assunto. Quase todas de colorados, facilmente identificáveis e de uns poucos gremistas, bons piadistas, dizendo que se trata de um ex-jogador.

E o que percebo, hoje, é o fato de ter diminuído a rejeição ao nome do Imperador por parte dos colorados. Um deles me surpreendeu com uma comparação bem humorada. Disse que prefere Adriano acima do peso do que o Rafael Moura em forma. Não gostei da comparação porque acredito que o Rafael Moura ainda vai se destacar como centroavante do Inter.

Balotelli

Mas a crescente aceitação dos colorados à vinda do Adriano revela algo que nem sempre se expressa claramente nas opiniões dos torcedores. Eles até fecham os olhos para eventuais problemas de comportamento de um jogador se ele for eficiente dentro do campo.

A Copa das Confederações nos oferece um exemplo claríssimo deste tipo de jogador, que não poucas vezes tem um comportamento censurável fora do campo, mas joga muito: Balotelli, da seleção italiana. Nenhum pai sensato aceitaria de bom grado Balotelli para genro. Certamente, porém, o indicaria de olhos fechados para vestir a camisa do time do seu coração.