Paixão Colorada
Kenny Braga: A empatite voltou

Estou achando que é hora de o presidente Luigi contratar um pai-de-santo, zelador de axé, para ajudar o time do Internacional. Fora isso, dificilmente vejo futuro no Brasileiro, após o que aconteceu ontem à noite, no estádio do Vale.
O Vitória surpreendeu com um golaço de Cáceres, mas o Inter não se abateu. D'Alessandro, em noite iluminada, marcou dois gols seguidos e o Inter ficou em vantagem ainda no primeiro tempo. Agora sim, vai, pensou a torcida.
Pois não é que no segundo tempo Cáceres aprontou outra vez, deixando o jogo empatado em 2 a 2? E foi um gol em Muriel, que recém havia substituído Alisson, com dores no quadril. Quando o Inter não tinha Ygor e Damião em campo, substituídos, sem nenhum proveito, por Josimar e Alex. O Inter precisa afastar as influencias negativas do vestiário, usando defumação, aguardente e despacho com galinha carijó na encruzilhada.
Entendimento
Mas, longe dos estádios, o futebol tem uma agenda repleta de assuntos administrativos e não somente no âmbito das entidades esportivas. Agora mesmo ganha destaque entre nós a exigência da Brigada Militar de receber, de parte dos clubes, uma compensação financeira para garantir a segurança dos torcedores nos estádios.
Além de ser um pleito justo, há o fato indiscutível de que seria quase impossível a realização de jogos de futebol sem a presença vigilante dos brigadianos. Então, não há outra saída senão o entendimento entre as partes. Os arruaceiros do futebol não podem ficar à vontade para cometer novos desatinos.