É verdade que a Portuguesa, adversário do Inter, domingo, no Estádio do Vale, frequenta ou está muito próximo da zona do rebaixamento. Mas eu não cometerei o pecado do ufanismo inconsequente prevendo uma vitória tranquila do time do técnico Dunga.

Depois do que aconteceu quinta-feira à noite, em Salvador, palavras como confiança e certeza estão vetadas para os torcedores colorados. Quanto mais se espera do Inter, mais a equipe fica para trás na disputa por um lugar no G4, após ter enterrado o sonho de ser campeão brasileiro. Um time que leva 2 a 0 do Bahia, com uma defesa insegura, um meio-campo frouxo e um ataque consagrado pelo desperdício de chances para marcar gols, é apenas um participante comum do Brasileiro.

Racionalismo

Mas, como não está morto quem peleia, lembrando um velho ditado gaúcho, nestes dias de consagração dos heróis farroupilhas, espero que o Colorado seja, diante da Portuguesa, com ou sem D'Alessandro, dez vezes melhor do que foi na Bahia. E que os seus atacantes não mandem a bola em direção a trave, como se tivessem praga de madrinha pesando no lombo.

Este é o meu desejo, com o respaldo da surpreendente declaração do diretor de futebol do Inter, Luís César Souto de Moura, de que o trabalho no futebol do clube está sendo muito bem executado. Não sou louco para colocar em duvida a palavra de um dirigente que se diz exemplo da mais pura racionalidade.