Chegamos ao fim de mais um ano. E, no começo do outro, nunca igual, rezarei baixinho pedindo ao Deus bondoso que me permita realizar em 2014 o que não foi possível em 2013.

Mais: que os meus sonhos, mesmo aqueles embelezados pelas asas da fantasia, como o de ter uma fazendinha em um distrito perdido de Santana do Livramento, se materializem. Não sou capaz de conversar com os pássaros como São Francisco, mas saberei escutá-los nas primeiras horas da manhã, sentado a sombra de um cinamomo, lendo poesia.

Certamente, colocarei uma tabuleta com uma inscrição vermelha no portão principal da fazendinha:

- Somente os bem intencionados podem aqui entrar.

A Copa e o Inter

Mas, sonhos à parte, quero um ano diferente que este que fica para trás em muitas coisas.

Primeiro, que as manifestações de rua se realizem nos limites de um sentimento democrático responsável, sem agressões, violências e depredações. Depois, que a Copa do Mundo em nosso país se transforme num acontecimento ímpar pelo nível técnico dos jogos, pelo comportamento civilizado das torcidas e pela hospitalidade com a qual trataremos visitantes de todas as partes do mundo.

Mas, sobretudo, que o nosso glorioso Internacional, orgulho do Rio Grande do Sul, encerre o ano de 2014 com títulos, principalmente o de campeão brasileiro. Só assim, serei um colorado bem mais feliz do que nestes dias, entre um ano e outro, quando evito conversas desagradáveis a respeito de futebol.