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Paixão Colorada

Coluna do Kenny: sem punição nada mudará em relação ao racismo

Leia a íntegra da coluna do Kenny Braga no Diário Gaúcho

15/03/2014 - 10h01min

Atualizada em: 15/03/2014 - 10h01min


Vítimas recentes de racismo, Tinga e o árbitro Márcio Chegas receberam o apoio da presidente Dilma Rousseff

Só em parte concordo com a afirmação de que a pena imposta ao Esportivo pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) em razão da agressão racista ao árbitro Márcio Chagas foi muito branda. Talvez fosse melhor o TJD penalizar o clube com uma multa mais pesada do que R$ 30 mil e a perda de mando de campo em dez partidas, e não apenas cinco.

Não seria um exagero. Mas a verdade é que as agressões racistas não cessarão no Brasil enquanto seus autores não forem identificados e severamente punidos. Puna-se o clube, sim, mas principalmente os idiotas que ofendem árbitros e jogadores negros. Do contrário, eles reaparecerão brevemente comentando os mesmos desatinos.

Violência

Aliás, eu vejo com espanto cada vez maior, a reprodução de fatos que desfiguram totalmente o sentido original do futebol. Mal se termina de ver cenas de agressões dentro ou fora de um estádio e, logo em seguida, surge nova notícia sobre fato idêntico em outros lugares. Em relação ao uso de drogas, é a mesma coisa.

No caso da agressão de torcedores argentinos por meia dúzia de gremistas num bar da Cidade Baixa, quinta-feira à tarde, eles devem ser submetidos urgentemente a um tratamento psiquiátrico. São doidos varridos. E quanto aos torcedores do Atlético-MG presos no Paraguai pelo uso de maconha, não estão nem aí para as leis dos países que visitam. Alimentam, com o seu comportamento reprovável, a violência grotesca e selvagem no futebol.


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