Paixão Colorada
Kenny Braga: Todo Gre-Nal é sempre um clássico novo
Leia a coluna do Diário Gaúcho na íntegra
A história dos Gre-Nais, desde o primeiro jogo, no início do século passado, oferece material para a publicação de vários livros, recheados de capítulos sensacionais. Mas, curiosamente, o Gre-Nal é sempre novo, porque jamais ocorreram dois clássicos iguais, do início ao fim dos seus 90 minutos.
Num Gre-Nal pode acontecer tudo, até mesmo a vitória do time considerado inferior tecnicamente pela maioria dos cronistas profissionais. Em Gre-Nal, portanto, não há favoritismo indiscutível. Mas nunca falta no clássico empenho dos jogadores escalados para disputá-lo ou desinteresse das torcidas pela sua realização, mesmo que não tenha importância para decidir competições.
Cidade bonita
O Gre-Nal deste domingo à tarde, marcado para a Arena do Grêmio, na Vila Areia, não fugirá certamente das características que o consagraram como um dos clássicos mais tradicionais e valorizados no Brasil. Principalmente porque será o primeiro na decisão do título gaúcho da temporada. Título, aliás, sempre menosprezado por quem é incapaz de conquistá-lo.
Vou assistir ao Gre-Nal com o meu interesse renovado por um clássico que faz parte das nossas melhores tradições. E com a esperança de que o Inter, com uma campanha no Gauchão muito superior a do Grêmio, seja o vencedor, até como recompensa pela seriedade com que o time vem enfrentando todos os jogos do campeonato. Quando o Colorado vence um Gre-Nal a Capital dos gaúchos fica mais bonita, numa transformação difícil de explicar.