Depois das três primeiras rodadas do Brasileirão, sobram opiniões a respeito das possibilidades dos times entregues à luta pela conquista do título. Nenhuma tem qualquer utilidade objetiva porque a maratona dos jogos recém começou e há muito chão pela frente até o final do campeonato.

Acho que nem mesmo com a ajuda das cartas e dos búzios alguém poderia dizer, hoje, quem ficará com o título em um campeonato em que não há um time disparadamente melhor do que os outros. A derrota do Fluminense para o Vitória, no final de semana, deixou muitos palpiteiros de cara no chão. O time do Fluminense também não é tudo o que se disse antes da derrota para o time baiano, ocupante, hoje, da nona posição no Brasileirão.

Voo de urubus

Não é razoável, portanto, a opinião de quem vê o Inter sem condições de ficar com o título em novembro porque o considera carente de melhores jogadores para ocupar algumas posições. Mas se um time que já quase esqueceu o significado da palavra derrota, colocado no topo da tabela do Brasileirão, respirando na nuca dos líderes Corinthians e Cruzeiro, não se mostra com pinta de possível campeão, quem será o felizardo?

É certo que o Inter tem vacilado em alguns momentos da fase final dos jogos, permitindo o crescimento ameaçador dos adversários. Mas a soma dos números das suas duas vitórias e um empate são muito mais importantes do que qualquer vacilo.