A Copa ainda tem muito chão pela frente, com jogos nos quais a palavra derrota encerra o sonhos de título dos participantes. Muita coisa boa ou ruim ainda pode acontecer dentro dos estádios ou nas ruas das cidades com jogos da Copa. Mas não posso reprimir meu desejo de expressar a satisfação pelo que vi até agora nas telas da tevê em relação ao comportamento das torcidas, principalmente nos jogos disputados no Beira-Rio.

Vi algo que foi corriqueiro em Gre-Nais do século passado: torcedores com camisas diferentes dividindo o espaço dos estádios, sem brigas ou provocações estúpidas. E no meio das torcidas, pais e mães com filhos no colo, como se estivessem participando de uma festa de fim de ano num jardim de infância.

Aproximando pessoas
As imagens de torcedores de dois times em confronto, lado a lado, incentivando seus ídolos, devem ser aproveitadas num filme com finalidade didática para nossos filhos pequenos que, amanhã, serão frequentadores dos estádios brasileiros. O futebol não pode servir de pretexto para o extravasamento de intolerância e fanatismo.

É apenas uma modalidade esportiva, com vencedores e derrotados, que se revezam em momentos de alegria e tristeza. E serve, em competições especiais como uma Copa do Mundo, para aproximar pessoas de países e culturas diferentes, diminuindo a rigidez das fronteiras, das rejeições e dos preconceitos.