O Brasil já participou de Copas do Mundo com seleções consideradas brilhantes, como a de 1982, na Espanha, sob o comando de Telê Santana, que ficou sem o titulo. E com outras, sem prestígio indiscutível, próprio dos craques, que ergueram o cobiçado troféu da Copa, como aquela comandada por Carlos Alberto Parreira, em 1994, nos Estados Unidos. A seleção que estreia hoje na Copa, contra a Croácia, na Arena do Corinthians, não tem o brilhantismo da seleção do Telê, mas parece tão forte ou mais do que a seleção do Parreira. E tem no seu comando um treinador vitorioso, o Luis Felipe Scolari, que já comandou o time em outro momento brilhante do Brasil, campeão mundial de 2.002,no Japão e na Coréia do Sul. Também conta com a torcida a favor, embora seu entusiasmo dependa do desempenho do time desde o início da partida.

Alemanha

Lembro três momentos especiais do Brasil em Copas para externar meu desejo de ver em campo, a partir de hoje, uma seleção com as melhores virtudes do nosso futebol. Que seja eficiente para alcançar o titulo e ao mesmo tempo apresente um futebol capaz de encantar a torcida. Do contrário, seus jogadores correrão o risco de ouvir, após a Copa, que foram inutilmente brilhantes como se disse em  1982 ou pragmáticos sem brilho como na Copa de 1994.Talvez o melhor seja a conquista de outro titulo como o de 2.002,em Yokohama, contra um adversário forte e cheio de prestígio, a Alemanha do técnico Rudi Volley. Sonhar não faz mal, até porque sempre ouvi dizer que Deus é brasileiro. Tomara que essa certeza não resulte apenas na nossa autossuficiência.