Paixão Colorada
Coluna do Kenny: grande jogo
O Beira-Rio serviu, ontem, de moldura para outro momento histórico do futebol mundial
O Beira-Rio serviu, ontem, de moldura para outro momento histórico do futebol mundial, valorizado pela presença do rei e da rainha da Holanda. Depois de esmagar a Espanha em sua estreia na Copa por 5 x 1, a seleção holandesa venceu a Austrália, com mais dificuldade, por 3 a 2, em um grande jogo. Justo resultado porque a Holanda, que perdia por 2 a 1, no início do segundo tempo, foi competente para virar o placar e consolidar a sua segunda vitória na Copa.
Mas a Austrália foi um adversário difícil pela disposição com que disputou a partida. Teve, Porém, um pênalti marcado a seu favor que só existiu na interpretação do árbitro. A Holanda, que já foi três vezes vice-campeã do mundo, parece disposta a fazer mais nos próximos dias.
Fator Local
É normal que os torcedores, em sua maioria, considerem o fator local como uma vantagem do Brasil na disputa pelo tÍtulo da Copa. O grito uníssono da torcida majoritária nos estádios seria um fator de desequilíbrio a favor do Brasil. Lembro, porém, que já perdemos uma Copa em casa para o Uruguai, em 1950, quando tudo nos favorecia.
Mas, sobretudo, que a crença de que o fator local ajuda os países anfitriões da Copa não tem confirmação histórica. Em 19 Copas disputadas antes da que estamos assistindo agora, no Brasil, somente seis países organizadores ficaram com títulos mundiais. Todos os outros títulos foram conquistados por seleções visitantes. Na verdade, o chamado fator local não tem muita importância.