Minha expectativa em relação à estreia do Brasil, na quinta-feira, na Copa do Mundo, contra a Croácia, na Arena Corinthians, em São Paulo, não inclui nenhum resquício de triunfalismo.

Acredito, porém, que o Brasil vai ganhar com dificuldades previsíveis diante de um adversário que será incansável na marcação, principalmente no setor do meio-campo. Mas o que mais me preocupa como brasileiro interessado no sucesso da organização da Copa é a mobilidade urbana à disposição de quem se dispuser a ir à Arena Corinthians assistir à cerimônia que antecede o jogo e, logo em seguida, o primeiro teste da Seleção Brasileira na Copa. Será que os torcedores terão tranquilidade no seu deslocamento até o estádio?                                    

Grupos organizados
A verdade é que somente com a realização dos primeiros jogos da Copa do Mundo poderemos avaliar com mais segurança o clima das ruas e dos estádios. Noto, porém, que o apreço dos brasileiros pelo futebol, reforçado com a conquista de cinco títulos mundiais, não parece tão forte como antes. E o pior é que grupos organizados, com intenções claramente agressivas, se mobilizam para tumultuar o que deve ser única e exclusivamente uma Copa do Mundo.

Minha esperança é que não tenham organização suficiente para confrontar forças policiais mobilizadas em todas as cidades-sedes da Copa. Se o Brasil for reprovado no quesito segurança durante a Copa muito pouco teremos para comemorar nos jogos da Seleção. A imagem do país ficará irremediavelmente estragada.