A derrota da Seleção Brasileira, na última terça-feira, diante da Alemanha, no Mineirão, será registrada como um dos maiores vexames já ocorridos em partidas de Copas do Mundo. A impressão que tive, assistindo ao jogo, foi a de que Luiz Felipe Scolari colocou em campo um time varzeano para enfrentar a poderosa Alemanha. Ou, talvez, pior do que isso.

Como é que uma seleção, jogando em casa, pode perder por 7 a 1, depois de levar cinco gols somente no primeiro tempo? Um desastre, uma tragédia, um terremoto que se abateu sobre o futebol brasileiro. Foi um Maracanaço piorado. Um Mineiraço. Tristeza e humilhação. Sugiro que nossos deputados federais e senadores modifiquem a Constituição, acrescentando apenas um artigo: é proibido, até o fim dos tempos, realizar Copas do Mundo no Brasil. O fiasco de ontem será lembrado nos próximos mil anos.

Holanda cairá?
Mas, com o primeiro finalista da Copa conhecido, nossa expectativa, hoje, se relaciona com o jogo de Holanda e Argentina, na Arena do Corinthians. Com todo o respeito que os argentinos merecem, quero assistir a uma vitória a Holanda. Quem sofreu mais no passado não deve continuar sofrendo por capricho dos deuses do futebol.

Ou será que vai acontecer no jogo um resultado parecido com o da semifinal contra o Brasil, em 1998, na França? Lembram? Empate em 1 a 1 no tempo normal, 0 a 0 na prorrogação e vitória do Brasil nos pênaltis por 4 a 2, com atuação sublime de Taffarel.

Sorte da Holanda é que o técnico Louis Van Gaal poderá utilizar, na cobrança de pênaltis, outro goleiro só para segurar as pontas, como aconteceu na partida contra a Costa Rica, no sábado.