O técnico da Holanda, Louis van Gaal, gostaria que não existisse o jogo de hoje, contra o Brasil, em disputa pelo terceiro lugar na Copa do Mundo. Mas a sua opinião não decorre da frustração da derrota da Holanda para a Argentina nos pênaltis, impedindo-o de disputar o título com a Alemanha, no Maracanã. Van Gaal tem a mesma opinião há dez anos, entendendo que, em Copa, só o que vale é o titulo.

Meu pensamento não é diferente. De que vale para a Seleção Brasileira ficar em terceiro ou quarto lugar, a não ser a premiação que a CBF vai receber da Fifa?

Mas o jogo do Brasil com a Holanda vai sair, gostemos ou não. E só desejo que não aumente nossa decepção com a Seleção e sua comissão técnica. Ou será que nem o terceiro lugar merecemos?

Mesma turma

A despedida da Seleção da Copa vai ensejar aos nossos dirigentes uma temporada de reflexões, começando pelos mandachuvas da CBF, sobre os rumos do futebol brasileiro. Mas eu não tenho a esperança de que haja uma mudança radical na política que adotamos. Haverá, certamente, a troca da comissão técnica, a fritura de jogadores que afundaram e as promessas de tempos melhores. Como se tudo acontecesse somente em decorrência de boas intenções.

A simples troca de José Maria Marin por Marco Polo Del Nero na presidência da CBF só aumenta meu pessimismo. São da mesma turma que apoiava Ricardo Teixeira.