Em jogos de futebol, da Copa do Mundo ou não, sempre existem vitoriosos e derrotados, dentro ou fora dos estádios. Nos cinco jogos do Mundial que foram realizados no Beira-Rio, o os torcedores vibraram com os 22 gols marcados, com as vitórias de suas seleções e também viveram momentos de frustração por não verem seus sonhos concretizados.

Mas nem mesmo o torcedor mais rabugento deixará de reconhecer os aspectos positivos da escolha de Porto Alegre para acolher delegações de dez países, sem a ocorrência de maiores problemas na área da segurança pública. Acima do legado concreto que a Copa deixará para a Capital gaúcha, como a realização de obras que dinamizam a mobilidade urbana, reafirmamos a tradicional hospitalidade gaúcha.

Maioria ordeira
E na medida em que os jogos foram se realizando, assistimos ao sumiço de grupos violentos e irresponsáveis, que pareciam dispostos, antes da Copa, a comprometer a imagem da Capital dos gaúchos. A maioria pacífica inibiu a ação de vândalos, que não se arriscaram a mostrar suas unhas, até por falta de parceiros para ajudá-los no cometimento de tropelias.

E, dentro do Beira-Rio, vimos torcedores de seleções diferentes, de clubes diferentes, dividindo o mesmo espaço sem agressões físicas idiotas. Mas será que esse comportamento da maioria ordeira prevalecerá no futuro ou assistimos apenas o renascimento episódico de nossa civilidade na Copa?