Nem o crítico mais ranzinza discorda de que o time do Inter faz uma campanha elogiável no Brasileiro. Principalmente nestes últimos dias, quando obteve quatro vitórias seguidas sem sofrer um gol sequer. Mas, para a maioria dos colorados, o motivo da sua alegria, hoje, é a vitória do Inter no domingo, confirmando a superioridade colorada em relação ao adversário.

E com razão: quem está por cima em Gre-Nais tem dias mais tranquilos em um Estado caracterizado por uma rivalidade sem igual no Brasil. Porém, acima de tudo, o que importa de agora em diante é a boa briga com o Cruzeiro, para quem o time do Inter já perdeu no Brasileiro. Se aquela derrota não tivesse ocorrido, o Inter seria o dono da ponta de cima da tabela.

Grito maluco

Ainda em relação ao Gre-Nal, eu teria vários fatos positivos para registrar. Sem esquecer, claro, os negativos, como uma briga de torcedores fora do Beira-Rio e o grito maluco de torcedores gremistas, dentro do estádio, lembrando que o Fernandão morreu. Simplesmente, inacreditável. Quem é capaz de zombar, de rir de uma tragédia, não é gente no sentido completo do termo. E certamente não tem pai, nem mãe, nem irmãos, por ser incapaz de respeitar a dor dos familiares do Fernandão e dos seus amigos.

E vou adiante, para compartilhar da alegria do Claudio Winck, que domingo marcou o seu primeiro gol em Gre-Nal. A vibração do jogador, retirando a camisa do corpo e correndo para o abraço dos torcedores, junto à arquibancada, disse tudo. O filho do Sérgio e sobrinho do Luiz Carlos vai fazer história no Inter.