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Paixão Colorada

Coluna do Kenny: Futebol não é guerra

Leia a íntegra da Coluna do Kenny no Diário Gaúcho

05/08/2014 - 07h35min

Atualizada em: 05/08/2014 - 07h35min


Nos próximos dias, o assunto preferido de colorados e gremistas será o Gre-Nal marcado para domingo, no Beira-Rio. Tudo bem, o clássico é o filé do futebol gaúcho há mais de 100 anos. Mas será ótimo para os clubes e seus torcedores que as conversas e os debates sobre o jogo sejam pautados pela elegância e a civilidade, que  não devem ceder lugar para o fanatismo e a intolerância.

Mesmo sendo uma partida muito importante, o Gre-Nal é um jogo de futebol e não uma guerra, como se diz equivocadamente. A guerra é um produto do ódio e do fanatismo, como se vê agora na Faixa de Gaza e na Síria. E sempre deixa mortos, feridos e famílias enlutadas. O Gre-Nal deixa, no máximo, um time derrotado e frustrado, com criticas de torcedores ao perdedor e gozações dos vencedores.

Sem arrogância

E mesmo quando há de parte de um dos times evidente superioridade, não se pode achar que o Gre-Nal tem favorito incontestável. Já assisti a vários clássicos em que a equipe considerada superior foi superada pelo adversário, que colocou em campo intensa mobilização e vontade de vencer. Neste sentido, o técnico Abel Braga foi muito feliz após a vitória de domingo, quando comentou, indagado pelos repórteres, o que esperava do próximo Gre-Nal.

A sua entrevista sensata não incluiu nenhuma provocação ao adversário, apesar do resultado consagrador para o Inter no Gre-Nal decisivo do Gauchão deste ano. É claro que o Inter quer vencer de novo para se firmar na ponta de cima da tabela do Brasileiro. Mas o time só vai ganhar se não for arrogante, incapaz de ver qualquer virtude no seu adversário.


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