Paixão Colorada
Coluna do Kenny: Torcida em minoria
Leia a íntegra da Coluna do Kenny no Diário Gaúcho
O Gre-Nal de domingo, no Beira-Rio, será realizado com a presença de 1,3 mil gremistas. Em comum acordo, as diretorias do Inter e do Grêmio chegaram à conclusão de que não se pode ir além desse número. A preocupação é a de se evitar um confronto de torcedores.
Face ao tamanho do Beira-Rio, o acordo fechado entre os clubes vem sofrendo críticas. Mas acontecerá a mesma coisa no próximo Gre-Nal, que será disputado na Arena. Também lá, haverá espaço disponível para 1,3 mil colorados. Concordo que o ideal seria dividir o Beira-Rio e a Arena para receberem o mesmo número de gremistas e colorados. Porém, ao mesmo tempo, me lembro do risco resultante de tal iniciativa, cheia de boas intenções.
Culpados
Quantos soldados da Brigada Militar e seguranças particulares deveriam ser convocados para trabalhar num clássico com o mesmo número de colorados e gremistas nas arquibancadas? Como se organizaria a chegada, entrada e saída desses milhares de torcedores no Beira-Rio e na Arena? Trata-se, em principio, de uma missão impossível, e não por culpa dos dirigentes dos clubes ou da Brigada Militar.
A culpa recai nos torcedores inconsequentes e agressivos que não sabem se comportar civilizadamente em jogos de futebol, sobretudo em grandes clássicos com rivalidade histórica. No caso, a maioria paga pela irresponsabilidade da minoria. E o pior: se os desordeiros não forem severamente punidos, vamos assistir a Gre-Nais, em um futuro próximo, somente com uma torcida nos estádios.