Já ouvi comentários tão entusiasmados a respeito das virtudes técnicas do time do Cruzeiro que me fizeram lembrar o Barcelona da época do técnico Pep Guardiola. Mas, na medida em que o Brasileiro se desenrola, o Cruzeiro também mostra suas fragilidades, como aconteceu na derrota para o São Paulo, no domingo, por 2 a 0.
Claro que o Cruzeiro ainda é o líder e está com jeito de que poderá mesmo se tornar novamente campeão. Não se deve, porém, achar que o time é uma maravilha e que os outros participantes do Campeonato Brasileiro são equipes desprezíveis. Ao menos os times que ocupam o G-4, logo após o Cruzeiro ou estão lutando para figurar entre os melhores são respeitáveis e podem estragar os planos dos dirigentes e torcedores da Raposa para comemorarem o titulo em dezembro.

Torcedores e críticos

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Nesses contextos de times médios ou acima disso, pelo menos, São Paulo, Inter e Corinthians devem ser mais respeitados por quem se considera catedrático em matéria de crítica. E, também, por uma minoria de torcedores que, ao invés de apoiarem seus times nas horas de dificuldades, ameaçam técnicos e jogadores, se escondendo no anonimato das máscaras e de grupelhos vociferantes. Nenhum jogador de futebol, ao menos na plenitude de sua saúde mental, rende menos do que pode porque deseja pura e simplesmente prejudicar o time ou afrontar o técnico. E nenhum técnico escala mal um jogador para provar que manda, que é dono incontestado do pedaço. A criação do movimento Bom Senso, por parte dos jogadores, foi ótimo. Talvez, seja o caso de se organizar urgentemente o bom senso dos críticos ranzinzas e de torcedores intolerantes.