O time do Inter, comandado pelo técnico Abel Braga, que tem seu nome insculpido no altar das maiores conquistas do clube nos últimos anos, sofre cobrança permanente. Ganhando ou perdendo as partidas. Nas derrotas ou empates, as cobranças de cronistas e torcedores são justificáveis. Mas nem quando se consegue um resultado histórico como o de domingo, na Vila Belmiro, em jogo brigado do início ao fim, o Inter e seu técnico recebem elogios.

O Inter ganhou... Não adianta. Lá vem uma enxurrada de críticas, principalmente a Abel. Na semana do Gre-Nal, não é diferente. Leio comentários favoráveis ao Felipão, e restrições ao time colorado em razão de supostos equívocos do técnico na escolha de alguns dos titulares. Parece que o Felipão é o mestre e o Abel Braga é o aluno.

Sorte?
Faço esse registro sem a intenção de polemizar. Os críticos do Abel Braga são radicais em suas opiniões. Lamento, porém, que não tenham valorizado na exata medida a importância do 2 a 1 sobre o Santos. Talvez porque seja uma barbada enfrentar os santistas na Vila. Ou porque a sorte ajudou o Inter e desconsiderou a história do Santos. Se for assim, quero que domingo, na Arena, a sorte ajude novamente o técnico Abel Braga e seus jogadores. E que coloque mais três pontos no patrimônio colorado.

Depois do Gre-Nal, podem continuar malhando o Abel Braga e elogiando o Felipão e suas estratégias maravilhosas. Não posso questionar gostos pessoais, simpatias e amizades. Não quero estragar o meu humor.

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