Ainda com o nome do técnico indefinido, a direção eleita do Inter anunciou Luiz Fernando Costa como futuro vice-presidente de futebol. Ao meu ver, é um cargo tão importante quanto o do treinador. Até porque, em se tratando de time, vestiário e assuntos afins, tudo passa por ele. Ou, ao menos, deveria passar. Inclusive a definição do treinador.
Mais do que isso, cabe ao vice-de-futebol dar ao técnico o respaldo necessário para que a hierarquia seja respeitada. Em caso de qualquer atrito entre o treinador e jogadores, o dirigente tem que estar presente ao vestiário e lidar com a situação da melhor forma possível, mas sempre deixando claro que há uma hierarquia a ser mantida.
Por conta disso, sou defensor de vices de futebol que tenham discursos fortes e equilibrados. Precisam demonstrar ao grupo que perder não pode ser normal num time grande. Precisam cobrar dos jogadores o empenho necessário e exigir do técnico coerência na escalação e um esquema tático compatível.
Essa talvez seja minha maior crítica à atual gestão no Beira-Rio. Em quatro anos, foram quatro vices de futebol. O primeiro deles, foi excessivamente polêmico, inclusive em momentos desnecessários. Os outros três seguiram um perfil moderado até demais. Isso, ao meu ver, teve reflexos no desempenho do time, principalmente em horas decisivas.
Mudando de asunto, milhares de colorados foram ontem ao Beira-Rio para homenagear um dos maiores ídolos da história do clube. Fernandão merecia uma estátua. Lá está o monumento.